domingo, 2 de agosto de 2009

Como será estar contente?

Hoje saí de casa com este poema na cabeça. [ver aqui e aqui]
E daí saltei para Carl Sagan e António Damásio. Como funciona mesmo o nosso cérebro?
E nós, os seres humanos? Como funcionamos?
E continuei.
Afinal, é bem possível que não haja nada de muito espectacular.
De certo modo, teremos um nível de planeamento e controlo, o nosso cérebro, digamos, e um nível de execução e monitorização, os músculos e os sentidos. Mais um sistema de energia, a alimentação, a respiração e a circulação sanguínea, e um sistema de comunicações, o sistema nervoso. E um sistema de manutenção e renovação, as células que morrem e nascem todos os dias.
Focando-nos no cérebro, aí encontramos uma rede neuronal gigantesca, uns cem mil milhões de neurónios, e as respectivas conexões, que vamos estabelecendo ao longo da vida. Aprender é estabelecer estas conexões, no fundo os coeficientes e os níveis de disparo de cada neurónio. Um processo essencialmente químico.
E depois temos esta capacidade de comunicar uns com os outros, de cooperar e de competir, e de nos reproduzirmos.
Estar contente ou triste, estar deprimido ou apaixonado, optimista ou pessimista, depende no fundo de uns coeficientes, de uns potenciais de disparo, de umas membranas, de uma concentração química.
Será mesmo?
Gostaria bem que não...

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