quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus

E de repente o mundo inteiro é uma enorme rede de contágio. Uma rede com 7800 milhões de vértices, em que, desta vez, o que conta é a proximidade física e não a ligação virtual.
Um vírus novo salta de um animal para um humano, talvez num mercado de Wuhan, uma cidade chinesa na província de Hubei e depois alastra por todo o mundo de uma forma imparável, saltando de humano para humano, viajando nos transportes públicos, nos aviões, nos navios de cruzeiro, de tal modo que em três meses chegou aos cinco continentes.


Hoje, são mais de 205000 os infectados, e já são mais os casos activos na Europa que no resto do mundo! Um estilo de vida que se baseia muito no contacto social é o cenário ideal para a propagação do vírus. Uma festa, uma conferência, um evento desportivo, são uma oportunidade para o vírus saltar para umas dezenas de hospedeiros novos, que por sua vez vão contagiar outros, e outros, muito antes de serem detectados.
Há muitos dados publicados, muitas teorias sobre o que vai acontecer no futuro, mas gostava muito de saber onde cada um daqueles 205000 foi infectado e onde estava quando foi detectada a infecção. Estes mapas ajudariam muito a preparar as respostas dos sistemas de saúde e a retirar outras lições que os dados disponíveis de uma forma bruta não permitem.
Será que os sistemas de geo-referenciação da Google, do Facebook, ou das operadoras de telecomunicações, não podem libertar esses dados?