sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Que parva que é!

Esta ideia de um emprego para a vida, que paga um ordenado ao fim do mês, certinho, num mundo que não muda, é completamente irrealista, obviamente.
Estes empregos teriam de ser garantidos por muitas empresas grandes, pouco flexíveis, vivendo numa economia de regras obsoletas, empresas iguazinhas àquelas que vemos morrer todos os dias, e sem deixar saudade!
O mundo muda! Os gostos mudam! O consumo muda! Novas profissões surgem todos os dias, novas oportunidades são criadas todos os dias pelos mais preparados, por aqueles que pensam autonomamente e que acreditam neles próprios.
Na raiz do problema estão as expectativas geradas pelos políticos que nos seus discursos são capazes de prometer o impossível, de explorar a ignorância, e a crença infundada de jovens pouco habituados a pensar pela sua cabeça, e a decidir de acordo com as suas próprias opções.
Esta ideia que os une de que o Governo há-de e tem de resolver todos estes problemas é completamente anacrónica.
Assim, entretidos nas ficções das ondas no Facebook ou numa moda nos Morangos, ou mesmo numa palavra de ordem da esquerda radical, os mais novos esquecem-se de pensar na mudança necessária, e na sua contribuição para essa mudança, para a mudança que aqueles mais empenhados na resolução dos problemas do País procuram promover.
As soluções existem, mas exigem que se perceba como funciona o mundo hoje, que o trabalho que nos espera não será possivelmente aquele como que sonhamos, que essa utopia não existe!