sábado, 16 de março de 2013

Onde está a luz no fim do túnel?

Pois é. Parece que paramos, que desistimos, que nos sentamos no chão, de costas, à espera.  De quê? Não sabemos. Nem sabemos. Não pode ser muito pior, não é?
Mas pode, graças aos nossos "governantes", todos, aqueles que "elegemos", sem nos erguermos contra a tirania dos partidos, que escolhem os "eleitos", que partem e repartem tudo o que nos podem retirar, sem contemplações, sem respeito, sem cumprir o dever de governar, de apontar um caminho.
Graças ao fim do Escudo, que servia para repartir os custos da nossa ineficiência de uma forma mais equlibrada, mas que não servia para alguns, os que se apropriam das economias de todos, e para quem só serve uma moeda forte, que não desvalorize.
Graças à forma como os sucessivos governos não olharam de frente para a questão do emprego, da criação de empresas, dos sectores estratégicos, da educação, da cultura, dos valores que podem fazer a diferença.
Como é possível uma Nação com quase mil anos de história se entregar nas mãos desta gente ignorante, e não se revoltar, não se libertar, não escolher outro caminho?
Lembremo-nos ao menos de Gedeão.

sábado, 2 de março de 2013

MoVimento 5 Stelle

Não confundo Beppe Grillo nem com Tiririca nem com José Manuel Coelho.
O MoVimento 5 Stelle teve um grande resultado eleitoral em Itália pela simples razão de 1 em cada 4 eleitores não acreditar nos partidos "tradicionais" nem na capacidade dos seus dirigentes em encontrar uma saída para a crise na Itália e na Europa.
Os Italianos não acreditam no Euro, não acreditam numa Europa guiada pela Alemanha, não acreditam nos burocratas de Bruxelas, querem viver a sua vida como gostam, querem ser senhores dos seus destinos, não se importam de ter uma moeda desvalorizadíssima, de usar notas velhas, de pagar dezenas de milhares de Liras por uma simples refeição, de ter uma taxa de inflação que os assusta sempre que querem trocar as suas Liras por outra moeda, de ter um velho Fiat, porque têm o sol, o mar, a música, a pasta, a Ferrari, a alegria de viver.
Os Italianos querem regressar ao tempo em que eram senhores deles próprios, e estão dispostos a pagar por isso.

From In and around Venezia, August 2006

Gosto desta Itália, do Norte a Sul, sinto-me em casa, seja em Milão seja em Bari, e acredito que todos saberemos defender a liberdade, e que a Europa do sul não se deixará derrotar por esta gente cinzenta que acha que é capaz de governar a Europa, mas que só sabe da teoria económica que vem nos livros que leram.