quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Guia eleitoral

Constitucionalmente, o candidato para ser eleito tem necessariamente de obter mais de metade dos votos validamente expressos.
Vejamos então quais são as hipóteses de votação que restam a um cidadão:
  • não ir lá: contribui para aumentar a abstenção e dá um sinal de descontentamento relativamente ao regime em vigor;
  • ir lá e votar branco: tem o mesmo efeito eleitoral que o anterior, pois não é um voto validamente expresso, não contribui para a abstenção, mas dá a ideia que qualquer candidato serve;
  • ir lá e votar nulo: parecido com o anterior, mas dá a ideia que nenhum candidato serve;
  • ir lá e votar num candidato: é o voto dos que sabem o que querem;
  • ir lá e votar num candidato qualquer excepto naquele que não queremos: é o voto inteligente, é um voto validamente expresso, que aumenta a possibilidade de o candidato incumbente ter de nascer outra vez e lhe dá tempo para explicar as trapalhadas em que nos meteu e em que se meteu, com os seus amigos e vizinhos.
Domingo, podemos votar ou não, mas que o nosso voto tenha uma leitura e um efeito claros! Eu já sei o que vou fazer!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tristeza!

Olhando para o futuro próximo, para as eleições presidenciais, para os candidatos, para o governo, para o primeiro ministro, para a oposição, para as contas públicas, para o peso do estado, para os deputados, para os políticos, para a corrupção, para o que não fizemos nos últimos anos, para a oportunidade perdida, para este país de betão, de obras inúteis, de gente que vive da ignorância dos outros, de gente que nunca tem culpa, sinto uma enorme tristeza.
E fico como Vasco Pulido Valente, nas suas crónicas de ontem e de hoje na última página do Público, a fazer a apologia da abstenção e a pedir uma mudança do regime.