domingo, 30 de dezembro de 2012

2013

Hoje tive uma visão... 2013 é o primeiro ano do século XXI em que os quatro dígitos do ano são todos diferentes. Não sei se é uma boa notícia ou uma má notícia, mas uma coisa sei: a última vez que tal aconteceu foi em 1987, e esse ano não foi famoso. Nesse ano, Portugal assinou com a China o acordo de devolução de Macau, e em 19 de Outubro tivemos a famosa segunda-feira negra nos mercados.
2013 é um número mais bonito, é uma permutação de [0, 1, 2, 3], que não ocorria desde 1320, ano em que em Portugal reinava D. Dinis, um dos últimos portugueses a acreditar na agricultura e a lançar as bases para os séculos de glória que se seguiram. Deste ponto de vista, é mais animador...
E termina em 13, o número do azar para inúmeros povos, desde os Romanos e os Vikings aos Chineses, mas esse talvez seja um mal menor, ou mesmo um prenúncio de sorte!
Por isso, acredito piamente que as singularidades positivas se vão impor e que o próximo 2013 vão ser um ano particularmente favorável, em que vamos reconquistar a independência e começar a traçar o nosso próprio destino. Ou talvez não...

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ignited Minds

"I dedicate this book to a child who is studying in class 12. Her name is Snehal Thakkar. On 11 April 2002 when I reached Anand by road in the evening, it was under curfew following communal disturbances. The next day, at the Anandalaya Hugh School, while talking to the students, a question came up: "Who is our enemy?"
There were many answers, but the one we all agreed was correct came from her: "Our enemy is poverty."
It is the root cause of our problems and should be the objectof our fight, not our own."
São as primeiras palavras de um livro cujo título é Ignited Minds, que comprei em 2005, na Índia, e cujo autor é A.P.J. Abdul Kalam, que muitos não conhecerão.


A.P.J. Abdul Kalam é um cientista indiano que, entre 2002 e 2007 serviu como 11º Presidente da Índia. Ouvi-o em duas intervenções dedicadas à aposta da Índia nos jovens, e ao papel dos jovens na construção daquele grande País. É um ser extraordinário, que coloca todo o seu esforço em levar os estudantes e os jovens a acreditar que valerá a pena serem cidadãos de uma India desenvolvida, e que para isso devem ser responsáveis e esclarecidos.
A India é um País imenso, com uma população de 1200 milhões de habitantes, pobre, independente desde 1947, que só um projecto com uma grande força será capaz de transformar numa nação nova e poderosa.
Noutro livro, India 2020: A Vision for the New Millenium, Kalam aponta o caminho do conhecimento para a construção dessa nova super-potência.


Controverso, como sempre é quem se propõe alterar o estabelecido, Kalam continuou depois do final do seu mandato o seu hábito de interagir regularmente com os jovens.
Considero este exemplo fantástico, e penso que em Portugal não será diferente, que o caminho será levar todos os jovens sem emprego, desmotivados, a acreditar neles próprios e a tomar nas suas mãos o seu futuro. Para que imagens como estas desapareçam definitivamente da India, e de Portugal.

From Passagem pela Índia

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

José Régio, 1968

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O vídeo do Professor Marcelo

Não sei o que terá passado pela cabeça do "famoso" professor Marcelo (Rebelo de Sousa), para querer passar na praça Sony, em Berlim, o seu vídeo. Parece que não conseguiu, mas está no YouTube, em três línguas, para vergonha nossa.
Esta velha ideia de que todos são culpados, menos nós, claro, é para mim completamente incompreensível, e só serve para branquear os políticos que nos "governaram" nos últimos 25 anos e que nos fizeram regredir até este estado deplorável em que estamos hoje.
O respeito por nós próprios exige que olhemos para o futuro de outra forma!
E que não inventemos histórias ridículas como aquela de que já temos uma rede para carregar as baterias dos carros eléctricos que os alemães ainda não nos fornecem...
O que hoje me apetece mesmo, é voltar à praça Sony, recordar Potsdam, caminhar até às portas de Brandenburgo, ir até ao rio Spree, e respirar aquela atmosfera de liberdade que lá se vive! Sem o vídeo do professor Marcelo!

From Berlin 2012


domingo, 28 de outubro de 2012

Para onde vamos?

Quando prescindimos de produzir dinheiro na Casa da Moeda e aderimos ao Euro, com uma taxa de conversão completamente errada, ainda por cima, ficamos completamente nas mãos de quem tem o dinheiro.
Basicamente, e pondo de parte o método usado por exemplo por Alves dos Reis anos atrás, ou pedimos emprestado ou trabalhamos. E como pedir emprestado nos coloca nas mãos dos nossos credores, a boa solução é mesmo trabalhar, produzir bens e serviços que valham, e transacioná-los.
Parece simples, mas não é. Por duas razões. Quê e quem?
No século XXI, com a desmateralização de uma parte da economia e a deslocalização da outra parte, grande parte dos bens e serviços transacionáveis incorporam informação e conhecimento em grande escala, seja directamente, seja por via indirecta. Um simples produto tradicional, turístico, cultural, gastronómico, só existe se chegar aos consumidores através das redes sociais, da Internet, dos novos espaços públicos onde hoje vivemos e trabalhamos.
Estaremos preparados para este choque? O drama é que não!
E se a única solução é trabalhar, será que a solução é compatível com o nível de desemprego que hoje temos? Será que é sustentável? Obviamente que não, também não!
Mas nada disto se resolve de um dia para o outro! Vai demorar muitos anos, uma geração ou mais. Muitas maratonas. Ao Governo cabe exactamente perceber estes problemas e implementar as medidas que nos permitam percorrer este caminho.

sábado, 20 de outubro de 2012

A hora da verdade

Tem de chegar. Vai chegar. Está a chegar. Chegou!
Dez anos de euro chegaram para mostrar que não há meias soluções, que não se pode viver à europeia e não ser europeu, com tudo o que isso significa.
Nesta Europa, inacabada, desconfiada, querer continuar, indefinidamente, a depender da generosidade dos outros, não é solução, e ainda bem, digo eu!
Percebemos agora que demos cabo de tudo, da agricultura, das pescas, das indústrias tradicionais, em troca de uma miragem traduzida nalguns milhões, que nunca produziram os efeitos prometidos.
Quando Francisco Van Zeller nos diz que um dos entraves aos estaleiros de Viana do Castelo é uma mão-de-obra "muito desatualizada e habituada a maus hábitos" está a pôr o dedo na ferida, está a perguntar como foi possível ignorar durante os últimos 25 anos este problema premente da valorização dos nossos recursos humanos, da sua preparação para o choque violentíssimo de uma nova economia à escala global, como foi possível passar ao lado?
Séculos de caciquismo, de corrupção, de aversão à educação, de uma tragédia a que não podemos fechar mais os olhos, e que os governantes que escolhemos não foram capazes de diagnosticar e, muito menos, resolver, não explicam tudo.
A verdade é que tivemos no governo gente impreparada, mais preocupada em servir-se do que em servir, que enriqueceu, que fez negócios escandalosos, e que não é sequer capaz de reconhecer que errou, que nos conduziu a uma situação insustentável, e que é preciso mudar tudo!
Agora, precisamos de um governo que nos motive a apertar o cinto para atravessar este deserto, quanto mais depressa melhor! Que pare com a hemorragia das PPP. Que adopte as medidas de emergência necessárias para reduzir drasticamente o nível de desemprego. Que não tenha medo de decisões arrojadas. E que nos ponha a trabalhar, trabalhar muito, a estudar, estudar muito, para que nunca mais aconteça!
Mas como? Poderá este sistema regenerar-se? É disso que se trata! É a hora da verdade!

domingo, 14 de outubro de 2012

Políticos de aviário

Portugal é um País com um problema estrutural tremendo, resultado de anos e anos de desprezo pela educação e desenvolvimento cultural, que hoje está na cauda da Europa por exemplo num indicador crítico como é a percentagem da população entre os 25 e os 64 anos com o ensino secundário completo. Vale a pena estudar os números do PISA - OECD Programme for International Students Assessment, para se ter uma ideia da dimensão do problema, que demorará muito tempo a resolver e exigirá um esforço muito grande de todos.
Mas sem esse problema resolvido, não será fácil sermos na Europa um entre iguais, não será fácil resolvermos o problema do desemprego, que gera mais desemprego, que castiga de igual modo os que trabalham e os que não trabalham, uns porque têm de pagar mais impostos e outros porque estão condenados à dependência de um orçamento de Estado cada vez mais exíguo.
Não consigo perceber como políticos sérios são capazes de passar pelas cadeiras do poder sem tremer com este problema, sem colocar este problema no centro de todas as prioridades, sem procurar unir os portugueses em torno de um projecto para uma geração, em prol da educação, da cultura, da cidadania, realizado com o apoio de todos, sem hesitações, com a certeza de que é o único caminho que nos permitirá recuperar a nossa independência.
E também sem encontrar uma resposta de emergência ao problema do desemprego, que devolva às pessoas um sentimento de utilidade que é absolutamente indispensável, nem que seja trabalhando menos, mas trabalhando todos.
O problema está nos políticos que nos "governam", nos quais votamos sem os escolher, por virtude de um sistema político anacrónico, que defende a preponderância dos partidos sobre a sociedade, que gera a indiferença, que abre as portas a soluções autocráticas indesejáveis.
Mas alguma coisa estamos a aprender todos os dias: a necessidade de reformar completamente o nosso sistema poliítico, de livrar este País de políticos de aviário, que se servem, mas que não servem.
Deste ponto de vista, as notícias de hoje são assustadoras.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A indiferença

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

(Uma das muitas versões de um sermão de Martin Niemöller, muitas vezes atribuída a Bertolt Brecht)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Este governo já não interessa nada!

Este governo começou por ter o projecto de salvar o País. Agora luta desesperadamente para se salvar. Mas os problemas são muitos, e não se resolvem com números, com orçamentos, com impostos, nem com dinheiro. Nem saindo do Euro.
Há um problema tremendamente complexo chamado Europa. Lembremo-nos apenas da paz de Westphalia, da complexidade dos tratados que foram assinados naqueles tempos, e dos problemas de hoje, dos Balcãs, da Bélgica, da Itália, de Espanha, do Euro, do projecto da Europa das regiões, desta incapacidade de perceber que numa rede todos os nós são importantes, que se um perde, perdem todos.
E há um problema Português, antigo de séculos, que não fomos capazes de resolver com a adesão à Comunidade Económica Europeia, porque aceitamos trocar a nossa agricultura, a nossa pesca, a nossa indústria tradicional, por alguns milhões, que deveriam ter sido utilizados na formação das pessoas e na reconversão da nossa base produtiva, mas que uma dúzia de "espertos", que todos sabemos quem são, descaradamente desviou para os seus bolsos.
E com a taxa de conversão do escudo em Euro, arruinamo-nos definitivamente.
Nenhum País aguenta, e muito menos se desenvolve, com o nível de desemprego que daqui resultou, com os maus hábitos gerados, sem investimento em empresas produtivas que sejam capazes de dar emprego a quase um milhão de pessoas com baixa formação, que nos devia envergonhar. Na Europa, estamos atrás de todos.
Mas vemos no nosso "governo" uma única pessoa capaz de enfrentar estes desafios? Eu, não!
É este o problema. 
E temos recursos humanos, e institucionais para o ultrapassar? Um projecto nacional, que mobilize as nossas forças, em nome de um futuro melhor para as próximas gerações? Com certeza!

domingo, 23 de setembro de 2012

Nada mudou!

Um País não são os comentadores políticos, não são os jornalistas, são as pessoas!
Que votam, que escolhem os seus representantes políticos, e que depois não vêem as promessas eleitorais cumpridas, mas sim um País endividado, empobrecido, mal gerido, desorientado, sem uma alternativa de esperança.
São dezenas de anos de erros acumulados, praticados por quem conhecemos, à frente de todos, de nós e dos órgãos que escolhemos para fiscalizar, para investigar, para identificar e julgar quem prevarica.
Ficamos assim nas mãos dos credores, a quem nem sequer podemos dizer que não pagamos, pois no dia seguinte vamos precisar do seu dinheiro outra vez.
Realmente, poder, podemos! Desde que nos libertemos do Euro, fazendo voltar o escudo, ou outra moeda qualquer que não se esgote, que até podia ser o yuan, e que chegue para todos. Perderiam todos os que não têm economias, ou que têm economias no País, que instantâneamente passariam a ganhar menos uns 40% do que ganham hoje, sem dor, possivelmente com uma sensação de enriquecimento, completamente falsa, pois todos os produtos oriundos da zona Euro encareceriam pelo menos esses mesmos 40%.
Se não é isso que queremos, então nada mudou!
Continua a ser preciso equilibrar o orçamento tão depressa quanto possível, apostar na educação, mudar mentalidades, ajudar as empresas mais preparadas a virar-se para a exportação, atrair investimento estrangeiro, reduzir os encargos da dívida, reduzir as rendas das PPP com a mesma coragem com que se reduziram salários e pensões, definir um pacote fiscal justo, explicá-lo, e vêrmo-nos livres da Troika, de uma vez por todas.
Mas só uma equipa governamental forte, com uma visão estratégica do País real, que lidere, que tenha o apoio dos eleitores, que ouça, que seja eticamente irrepreensível, que fique ao lado dos mais fracos, poderá ter êxito.
Em homenagem a um povo que numa geração foi ao Inferno e voltou, deixo aqui uma recordação de uma visita recente que fiz a Berlim

From Berlin 2012

em que se vê, à esquerda, o antigo parlamento, com a cúpula de vidro de Frank Lloyd Wright, e à direita, o novo parlamento, unindo simbolicamente as duas margens do Spree, que aqui dividia Berlim. Só aqui, sete berlinenses perderam a vida ao tentar escapar a nado para o lado ocidental.
Aqui sim, tudo mudou.

domingo, 16 de setembro de 2012

Tirem-nos daqui!

Portugal vive horas difíceis, como sempre!
Se pensarmos bem, nunca ao longo da nossa história, tivemos um período com a duração de uma vida sem grandes problemas, sem grandes tragédias.
O que há de doloroso na hora actual é terem decorridos 38 anos depois do 25 de Abril, é termos posto termo a uma guerra colonial sem sentido, é estarmos na Europa comunitária de pleno direito há mais de 25 anos, é termos recebido fundos comunitários imensos, e continuarmos na cauda da Europa, na cauda dos países desenvolvidos, como ainda recentemente o Wall Street Journal retratou, num artigo que nos envergonha, em nos aponta como os cábulas da Europa!
Realmente, é completamente incompreensível que no final da primeira década do século XXI, em Portugal, mais de 70% dos habitantes entre os 25 e os 64 anos não tenham completado o ensino secundário, o que nos coloca atrás do México e da Turquia, por exemplo.
Culpa dos anteriores governos, que têm nomes, Cavaco, Guterres, Durão, Santana, Sócrates, que defraudaram completamente quem acreditou nas suas promessas, e que esbanjaram a nossa riqueza em negócios criminosos, em obras megalómanas, em máquinas partidárias, no crédito fácil, sem cuidar do essencial, da justiça à segurança social, da saúde ao combate à corrupção, e sem travar a batalha essencial, a da educação, sem a qual nunca sairemos do grau zero do desenvolvimento.
Enquanto esta batalha não for vencida, e vai demorar muitos anos, continuaremos a ser um país de pessoas que não têm mais do que a sua disponibilidade para trabalhar, e que, por isso, pedem emprego, sem sequer pensar que aquilo que realmente sabem fazer já de pouco serve, num mundo que mudou sem sequer darem conta!
Como sair daqui?
Sair do Euro, ou mesmo ter duas moedas, não é solução, especialmente para os mais novos, que estudaram, que querem justamente ser europeus, ser cidadãos do mundo, afirmar as suas capacidades, derrotar o ónus de terem nascido neste pobre País, que não dá valor à educação, ao contrato social que nos deveria unir.
Resta-nos, assim, ser europeus, assumir essa identidade, e escolher um caminho de progresso entre os estreitos limites que os nossos credores justamente nos impõem.
Só sairemos daqui com um governo competente, que saiba negociar na Europa, que não queira ser o "bom aluno" envergonhado, sem voz, mas o parceiro para uma Europa melhor, porque os números que nos envergonham também envergonham a Europa.
E um governo livre, que não tenha na sua constituição quem nos conduziu à situação em que estamos, que restaure a independência nacional, nomeadamente a económica, que negoceie as rendas (PPP, juros, amortização da dívida) em bases realistas, e que ganhe os cidadãos para esse projecto.
E que invista tudo na Educação!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os tubos de Berlim

Berlim está atravessada por uma estranha canalização violeta ou azul.
Vi-a a primeira vez junto ao hotel onde fiquei recentemente

From Berlin 2012
e depois fui encontrando-a nos sítios mais diversos, desde a praça Potsdamer

From Berlin 2012

até ao rio Spree

From Berlin 2012

Seria uma manobra publicitária, uma instalação (nunca se sabe!), uma infra-estrutura à vista, algo de provisório a que os berlinenses já estão acostumados? Não sei muito bem, e curiosamente, não li nada nos jornais nem encontrei outras referências sobre o assunto.
As minhas pesquisas levaram-me a concluir que se trata de questões relacionadas con o nível freático das águas subterrâneas em Berlim, que obriga que nas obras de maior dimensão a água tenha de ser constantemente retirada.
Será?

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Todos contam?

Confesso que esta coisa do Todos Contam me consegue irritar mesmo!
Não é que esta gente que não sabe fiscalizar, que não percebe nada de economia, que se deixou enganar por banqueiros e especuladores, que nos conduziu à bancarrota, nos quer ensinar a fazer contas!
Culpabilizar-nos, é?
Nós não levamos nenhum País à falência, nós não andamos a fazer contratos ruinosos com as empresas do costume, nem a vender o País ao desbarato. 
Nós, sabemos fazer contas! Sabemos quanto estamos a pagar, quanto continuamos a pagar.
Quem precisa de um Plano Nacional de Formação Financeira, sei eu!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Europa aos retalhos

Estava hoje a assistir a umas apresentações de alunos da minha disciplina de Interacções Sociais e as TIC e a desenhar ao mesmo tempo a rede dos estados europeus ligados por uma fronteira comum quando me ocorreu investigar que clusters de países um algoritmo como o de Clauset-Newman-Moore produziria.
O resultado é interessante mas pouco surpreendente:

  
Um eixo Lisboa Berlim, apanhando a França, o Benelux, e uns países pequenos, o losango Áustria, Hungria, Eslovénia e Itália, uma zona Balcânica, o grupo nórdico, o triângulo Polónia, Ucrânia e Rússia, e apêndices, e o Reino Unido e Irlanda do Norte, num total de seis clusters, mais as ilhas isoladas.
Será que faz sentido, será que as actuais fronteiras são consequências de uma longa história, que teimamos em não respeitar? Claramente que há uma identidade por detrás destes resultados.