domingo, 28 de outubro de 2012

Para onde vamos?

Quando prescindimos de produzir dinheiro na Casa da Moeda e aderimos ao Euro, com uma taxa de conversão completamente errada, ainda por cima, ficamos completamente nas mãos de quem tem o dinheiro.
Basicamente, e pondo de parte o método usado por exemplo por Alves dos Reis anos atrás, ou pedimos emprestado ou trabalhamos. E como pedir emprestado nos coloca nas mãos dos nossos credores, a boa solução é mesmo trabalhar, produzir bens e serviços que valham, e transacioná-los.
Parece simples, mas não é. Por duas razões. Quê e quem?
No século XXI, com a desmateralização de uma parte da economia e a deslocalização da outra parte, grande parte dos bens e serviços transacionáveis incorporam informação e conhecimento em grande escala, seja directamente, seja por via indirecta. Um simples produto tradicional, turístico, cultural, gastronómico, só existe se chegar aos consumidores através das redes sociais, da Internet, dos novos espaços públicos onde hoje vivemos e trabalhamos.
Estaremos preparados para este choque? O drama é que não!
E se a única solução é trabalhar, será que a solução é compatível com o nível de desemprego que hoje temos? Será que é sustentável? Obviamente que não, também não!
Mas nada disto se resolve de um dia para o outro! Vai demorar muitos anos, uma geração ou mais. Muitas maratonas. Ao Governo cabe exactamente perceber estes problemas e implementar as medidas que nos permitam percorrer este caminho.

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