Nos aviões gosto de despachar a minha bagagem. Não tenho que me preocupar com os líquidos, nem de a carregar enquanto espero pelo embarque, embora no destino tenha sempre uma boa espera à minha espera, mesmo que não tenha havido extravio. As minhas malas costumam ser sempre das últimas a chegar ao tapete...
Ontem, em Frankfurt, tinha à minha espera um amigo que viajara num vôo anterior, e para não o fazer esperar mais tempo, decidi levar a minha bagagem para a cabine. Apresentei-me no ponto de verificação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro com os líquidos num saco transparente, o laptop fora do saco, sem casaco nem gabardine, nada nos bolsos, um cinto pacífico, uns sapatos de confiança, daqueles que não apitam nunca. Lá passei silencioso, fui recebendo os meus items todos, até que... a minha espuma da barba numa bolsa transparente dentro da minha mala chamou a atenção dos zelosos funcionários:
- Isto não pode passar!
- Porquê? Não é um líquido...
- Não interessa, não pode passar!
- Pronto, ok, eu meto isso no meu saco transparente.
- Também não pode!
- Porquê?
- Porque tem mais de 100 ml (o máximo por frasquinho).
- Mas não tem, está quase no fim...
- Não interessa, aqui fora diz 200 ml, e portanto não pode passar.
Confesso que não tive paciência para mais, dispensei o zeloso funcionário do auto que me permitiria recuperar a minha espuma no regresso, pensei que o sabão do hotel até seria capaz de ser uma boa solução alternativa, e fui.
Num avião mais seguro, porque a minha espuma suspeita tinha felizmente sido detectada e ficado retida em terra...
quarta-feira, 24 de março de 2010
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