sexta-feira, 8 de outubro de 2010

200,482

200,482 Escudos por um Euro. Terá sido uma boa ideia? Em 1 de Janeiro de 1999 assim parecia, mas hoje nem por isso.
Já não me recordo que estudos suportaram aquele valor, mas a verdade é que instantaneamente os nossos próprios produtos ficaram caros e pouco competitivos, e começamos a importar em vez de produzir carne, leite, produtos agrícolas, reduzindo à pobreza, à dependência do Estado Social, milhares e milhares de portugueses.
Pensemos bem. Imaginemos que um litro de leite valia 80 Escudos. Passou a valer 40 cêntimos de Euro. Se a taxa de conversão tivesse sido, por exemplo, 250 Escudos por Euro, então teria passado a valer 32 cêntimos de Euro. Se na Espanha, aqui ao lado, valesse 36 cêntimos, no primeiro caso seríamos tentados a importar em vez de produzir, e no segundo iríamos produzir para exportar e ganhar dinheiro. É este o problema.
Teríamos ficado a ganhar menos em 1999, mas seguramente que já teríamos recuperado, com o crescimento da economia, com o menor peso do Estado Social, com a maior competitividade.
Reduzir agora os salários acaba por ser tentar rever aquela taxa de conversão. Só que já se causaram demasiados estragos. Irreversíveis!
Como é que tantos políticos, tantos especialistas, deixam que isto aconteça. Em nome de quê?

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