Não! Não está tudo igual. Está tudo pior. Porque ainda não começamos sequer a pensar como vamos recuperar da destruição da nossa agricultura e indústria tradicionais, em troca de uns milhões que foram parar a alguns bolsos, recuperar dos investimentos faraónicos permitidos pelo dinheiro fácil, e recuperar desta armadilha chamada Euro, destes quase trinta anos trágicos em que sonhamos que tudo seria possível como num milagre.
Entretanto, o mundo mudou e muda todos os dias, transformando-se rapidamente numa economia baseada na robotização, na automatização e no conhecimento, na substituição de postos de trabalho ocupados por pessoas menos qualificadas por máquinas, por soluções globais, que atravessam as fronteiras, sem que quem tem a obrigação de estar atento, os sindicatos em primeiro lugar, avance com soluções que tirem partido deste fenómeno para reduzir as horas ou os dias de trabalho semanal de cada trabalhador, que distribua o trabalho existente por todos os trabalhadores disponíveis, avaliando, remunerando melhor quem trabalha melhor, mas mantendo todos saudavelmente ocupados.
E tempo livre significa lazer, indústrias do lazer, novas actividades que poderão mudar a forma como trabalhamos e como usamos o nosso tempo livre, que terá de ser em formas de convívio entre os concidadãos, que contribuam para a construção de uma nova identidade, baseada nos conceitos fundadores da fraternidade e da soidariedade.
James Altucher aponta estes problemas no seu livro Choose Yourself, de que faz aqui uma breve apresentação
O problema é muito simples: cada um tem de fazer a sua própria escolha, tem de melhorar, tem de ter uma ideia por que lutar, um programa de vida. E o colectivo também. Não acredito que os actuais líderes dos dois maiores partidos sejam capazes de compreender sequer o problema. Basta-lhes salvar os seus lugares na máquina do Estado, por mais pobre que esteja ou seja.
domingo, 18 de maio de 2014
Dia 1 do pós-troika: tudo igual?
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