A casa em que nasci já não existe. Nem a rua!
Esta foto foi tirada na rua de Artur de Paiva. Ali ao fundo passa a actualmente inútil rua de Costa Cabral, e no seu prolongamento estava a rua em que nasci, na casa nº 17. Tudo desapareceu.
Dando a volta ao prédio plantado na antiga rua, chega-se ao terceiro mundo.
Esta é a vista das traseiras. Deprimente.
Continuando a volta, um sinal que aviva a memória. Um prédio antigo que ainda lá está! No meio do esquecimento, mas está, na confluência da travessa das Barrocas com a rua de Júlio de Matos.
Confirma-se que toda a zona oriental da cidade foi percorrida por um vendaval de destruição e de betão pronto de que vai demorar muito tempo a recuperar. Não me reconheço. Não sei movimentar-me. Tento chegar à estação de Contumil, e daí à avenida de Cartes, mas perco-me. São rotundas sobre rotundas. É o terceiro mundo.