Aliás, um simples gráfico, que mostra a evolução do número de óbitos em simultâneo com a evolução do número de elementos da população já minimamente protegidos, isto é, recuperados, ou vacinados, com uma ou duas doses, permite perceber bem o efeito da vacinação na agressividade da doença:
População protegida e média móvel de óbitos de 7 dias
No cálculo destes números, tivemos o cuidado de considerar que os recuperados há mais de 6 meses são vacinados, e portanto não são considerado no número de recuperados.
Se, em vez dos óbitos, considerarmos as camas hospitalares ocupadas
População protegida e camas hospitalares ocupadas
podemos contunuara verificar o forte efeito da vacinação no alívio do esforço que se pede aos hospitais do SNS.
Assim, e não obstante a variante Delta ser a responsável pela maioria dos contágios, parece que o avanço da vacinação não pode deixar de ser considerada na regulação dos comportamentos susceptíveis de propiciar contágios.
As pessoas sabem avaliar os seus comportamentos, mas têm de ser treinadas na sua avaliação de risco, que, no fundo, passa por uma contabilização dos contactos de risco que cada um tem em cada dia, e por uma consciencialização de que esse número deve ser tão limitado quando possível, e de que o uso de máscara reduz sempre a possibilidade de ocorrer um contágio.
Não é preciso aterrorizar as pessoas nem atirar-lhes com números e regras que não entendem.
Os jornalistas, os comentadores, os políticos, na sua maioria, bem que poderiam ter uma atitude mais positiva nesta matéria, em vez de se armarem em profetas da desgraça.
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