domingo, 23 de novembro de 2008

The Book Depository

Eu compro a maioria dos meus livros no The Book Depository.
Porquê? Enviados em embalagem individual, sem custos de envio, e normalmente mais baratos que na concorrência... De uma forma transparente!
Ainda ontem encomendei um livro. Este. E lá estão, bem visíveis, no sítio do livro, o Amazon Price e o botão Buy from Amazon. Não o usei, mas este conceito de being fair, de ganhar dando todas as hipóteses ao adversário, delicia-me. Faz-me lembrar as fantásticas regras do cricket.

Caminho longo

Perante a mesma situação de trabalho e remuneração encontro muitas vezes estes dois comportamentos distintos: aqueles que dizem 'porque hei-de trabalhar mais ou melhor, se ganho tão pouco?' e os outros que pensam 'só há uma forma de ganhar mais, que é trabalhar melhor!'.
Os primeiros, infelizmente parece que em maioria, não são os empreendedores, não são os que querem ter a vida nas suas próprias mãos, os que acreditam nas suas capacidades, são os resignados, os condenados a permanecer na situação em que se encontram, os que se vão queixando de tudo, menos deles próprios, e um encargo terrível para a sociedade.
E se há razões sociais e culturais para estes dois comportamentos, é muito triste que tão pouco se tenha feito para alterar esta situação. Em Portugal, no século XXI, 34 anos depois do 25 de Abril, 22 anos depois da entrada na União Europeia, com milhares de milhões de euros gastos na formação dos Portugueses, esta situação é completamente inaceitável.
Há competências básicas, para além do português e da matemática, das ciências e das tecnologias, que são absolutamente indispensáveis: de exigência democrática, de comunicação, de gestão, de convívio com a incerteza, e fundamentalmente de decisão relativamente ao percurso de vida.
Se cada um de nós, nos seus sítios, não se cansar de o reclamar, talvez um dia lá cheguemos...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Preços dos combustíveis

Um fim de semana em Madrid permite ver de uma só vez todas as diferenças entre nós e eles.
Sendo dois países tão próximos, sendo tão simples e facilitada a comunicação entre os dois povos, são surpreendentes essas diferenças: na rua, nos gestos, no ruído, na oferta cultural e de espectáculos, nos restaurantes, nas lojas, na disciplina, nas relações com a autoridade, e na autonomia pessoal, na capacidade de cada um tomar as suas decisões de uma forma autónoma.
Depois, há o preço dos combustíveis
From España
Não é fácil perceber porquê estas diferenças substanciais.
E por outro lado, lá pode adquirir-se BioDiesel!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Maus gestores

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Mariano Gago, admitiu hoje que existem maus gestores nas universidades públicas. Eu tenho a certeza.
Na minha óptica, gestão implica uma visão estratégica, objectivos, e depois conceber planos de acção, executar e avaliar. Consumindo recursos, naturalmente. Que são escassos, naturalmente. E vêm dos nossos bolsos, obviamente.
O que se espera dos gestores é que consigam o máximo consumindo o mínimo. É isso que todos fazemos em nossas casas. Reduzindo os desperdícios. Sendo mais eficientes. Mais criativos.
Ainda estamos muito longe.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Bucareste

Voltei a Bucareste.
Cidade difícil, grande, imensa, caótica, europeia, asiática, feia, bonita, quente, mesmo hoje, e fria, de gente perdida, os preços em euros e o novo léu no bolso.
From Romania
Atrai-me muito, andar sozinho, vir do aeroporto no 783, os engarrafamentos monumentais, os anúncios LENA Construções (andam por aqui), os pisos péssimos, o lixo, e a monumentalidade, estranha.
From Romania
E as pessoas, mistura, onde estamos? Ali a Turquia, Grécia em baixo, Roma do outro lado, a Hungria, a Ucrânia, encruzilhada terrível...
Gosto por isso mesmo. De nada em especial, mas de pensar onde estou, e o que já passou por aqui. Tudo e todos. De cá para lá e de lá para cá.
E os meus amigos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Cisne Negro

Imagine-se uma ameaça com alguma probabilidade de se concretizar. O Homem irá certamente trabalhar para conseguir um antídoto eficaz, e essa ameaça não se concretizará nunca. Então, pode-se concluir que uma ameaça absolutamente improvável tem o caminho mais facilitado, porque ninguém se preocupará em travá-la!
Imagine-se que alguém tinha admitido a possibilidade de ataques a edifícios altos com aviões comerciais, tinha encontrado um antídoto (um escudo invisível), e tinha conseguido proteger as torres gémeas antes do 11 de Setembro. Este alguém não seria possivelmente conhecido por ter salvo as torres gémeas. Passaria desapercebido.
São questões como estas que levaram Nassim Nicholas Taleb a escrever The Black Swan - The Impact of the Highly Improbable, e outros livros.
Leitura altamente recomendável....