Esta ideia do Partido Nulo desperta-me muita simpatia.
Se um voto em branco é uma não escolha - qualquer um serve, os outros que escolham, um voto nulo é uma escolha - nenhum serve! E se nenhum serve ninguém deve ocupar esse lugar.
Esta ideia de ficaram vazias as cadeiras correspondentes aos votos nulos não só permite poupar os custos correspondentes a esses deputados inexistentes, como vai assinalar permanentememte, durante todo o mandato, a real representatividade dos deputados reais, e deveria mesmo contar para a formação de maiorias nas votações.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
A New Kind of Science
Sou um admirador incondicional de Stephen Wolfram, o criador de Mathematica, uma ferramenta extraordinária de computação, modelação, simulação e documentação, e usada em MathWorld, uma fantástica colecção de recursos de matemática criado pelo não menos notável Eric Weisstein, de WolframAlpha, um motor de conhecimento computacional que começa agora a ser compreendido, e de tantas outras iniciativas.
Não resisti a adquirir a versão em papel de A New Kind of Science, que está completamente disponível na Web, mas que tem um sabor especial se puder ser manuseado em papel. Disse manuseado, e não disse lido. O livro contem material desenvolvido ao longo de 20 anos, 1200 páginas de texto altamente condensado e sintético, meio milhão de palavras, e a sua escrita necessitou de cerca de 10 anos de trabalho contínuo, cem milhões de teclas premidas, centenas de milhares de páginas de notas em Mathematica, um milhão de linhas de código, e mais de um milhão de biliões de operações de computador.
Wolfram nasceu em 1959 em Londres, é um jovem.
A New Kind of Science, em papel, ou na Web, é incontornável para quem quiser perceber as relações entre as ciências que nos rodeiam e que afectam e de certo modo determinam as nossas vidas. Vale a pena visitar o site, onde se encontram projectos de demonstração, foruns de discussão e muitas outras oportunidades de entrar no munod de Stephen Wolfram.
Não resisti a adquirir a versão em papel de A New Kind of Science, que está completamente disponível na Web, mas que tem um sabor especial se puder ser manuseado em papel. Disse manuseado, e não disse lido. O livro contem material desenvolvido ao longo de 20 anos, 1200 páginas de texto altamente condensado e sintético, meio milhão de palavras, e a sua escrita necessitou de cerca de 10 anos de trabalho contínuo, cem milhões de teclas premidas, centenas de milhares de páginas de notas em Mathematica, um milhão de linhas de código, e mais de um milhão de biliões de operações de computador.
Wolfram nasceu em 1959 em Londres, é um jovem.
A New Kind of Science, em papel, ou na Web, é incontornável para quem quiser perceber as relações entre as ciências que nos rodeiam e que afectam e de certo modo determinam as nossas vidas. Vale a pena visitar o site, onde se encontram projectos de demonstração, foruns de discussão e muitas outras oportunidades de entrar no munod de Stephen Wolfram.
sábado, 8 de agosto de 2009
Paisagem protegida
Antigamente era a APPLE - Área de Paisagem Protegida do Litoral de Espozende, e agora é parte do Parque Natural do Litoral Norte.
Fica na foz do Cávado, aquela língua de dunas entre o rio e o mar, conhecida por Ofir.
Podia ser um paraíso, mas está ameaçada seriamente, talvez mesmo definitivamente, pela intervenção humana.
São os ataques ao domínio público, que já nem as margens dos rios respeitam, nem os próprios leitos,
as construções completamente aberrantes no meio das dunas,
e as agressões visuais.
São estes os nossos políticos.
Mas será que não podemos mesmo fazer nada?
Fica na foz do Cávado, aquela língua de dunas entre o rio e o mar, conhecida por Ofir.
Podia ser um paraíso, mas está ameaçada seriamente, talvez mesmo definitivamente, pela intervenção humana.
São os ataques ao domínio público, que já nem as margens dos rios respeitam, nem os próprios leitos,
From Blogger Pictures |
as construções completamente aberrantes no meio das dunas,
From Blogger Pictures |
e as agressões visuais.
From Blogger Pictures |
São estes os nossos políticos.
Mas será que não podemos mesmo fazer nada?
domingo, 2 de agosto de 2009
Como será estar contente?
Hoje saí de casa com este poema na cabeça. [ver aqui e aqui]
E daí saltei para Carl Sagan e António Damásio. Como funciona mesmo o nosso cérebro?
E nós, os seres humanos? Como funcionamos?
E continuei.
Afinal, é bem possível que não haja nada de muito espectacular.
De certo modo, teremos um nível de planeamento e controlo, o nosso cérebro, digamos, e um nível de execução e monitorização, os músculos e os sentidos. Mais um sistema de energia, a alimentação, a respiração e a circulação sanguínea, e um sistema de comunicações, o sistema nervoso. E um sistema de manutenção e renovação, as células que morrem e nascem todos os dias.
Focando-nos no cérebro, aí encontramos uma rede neuronal gigantesca, uns cem mil milhões de neurónios, e as respectivas conexões, que vamos estabelecendo ao longo da vida. Aprender é estabelecer estas conexões, no fundo os coeficientes e os níveis de disparo de cada neurónio. Um processo essencialmente químico.
E depois temos esta capacidade de comunicar uns com os outros, de cooperar e de competir, e de nos reproduzirmos.
Estar contente ou triste, estar deprimido ou apaixonado, optimista ou pessimista, depende no fundo de uns coeficientes, de uns potenciais de disparo, de umas membranas, de uma concentração química.
Será mesmo?
Gostaria bem que não...
E daí saltei para Carl Sagan e António Damásio. Como funciona mesmo o nosso cérebro?
E nós, os seres humanos? Como funcionamos?
E continuei.
Afinal, é bem possível que não haja nada de muito espectacular.
De certo modo, teremos um nível de planeamento e controlo, o nosso cérebro, digamos, e um nível de execução e monitorização, os músculos e os sentidos. Mais um sistema de energia, a alimentação, a respiração e a circulação sanguínea, e um sistema de comunicações, o sistema nervoso. E um sistema de manutenção e renovação, as células que morrem e nascem todos os dias.
Focando-nos no cérebro, aí encontramos uma rede neuronal gigantesca, uns cem mil milhões de neurónios, e as respectivas conexões, que vamos estabelecendo ao longo da vida. Aprender é estabelecer estas conexões, no fundo os coeficientes e os níveis de disparo de cada neurónio. Um processo essencialmente químico.
E depois temos esta capacidade de comunicar uns com os outros, de cooperar e de competir, e de nos reproduzirmos.
Estar contente ou triste, estar deprimido ou apaixonado, optimista ou pessimista, depende no fundo de uns coeficientes, de uns potenciais de disparo, de umas membranas, de uma concentração química.
Será mesmo?
Gostaria bem que não...
sábado, 1 de agosto de 2009
Esperar para ver?
Pois é!
Vêm aí as eleições legislativas e não se vêem nenhumas perspectivas de mudança.
Com estes protagonistas e com este sistema eleitoral, que é que nos espera?
Se nenhum partido vai ter maioria absoluta, se um governo maioritário, que teria de ser à esquerda, é impossível, se não se vê quem possa governar em minoria, e se um governo fora dos partidos parece condenado à partida, que é que nos espera?
Esperar para ver?
Vêm aí as eleições legislativas e não se vêem nenhumas perspectivas de mudança.
Com estes protagonistas e com este sistema eleitoral, que é que nos espera?
Se nenhum partido vai ter maioria absoluta, se um governo maioritário, que teria de ser à esquerda, é impossível, se não se vê quem possa governar em minoria, e se um governo fora dos partidos parece condenado à partida, que é que nos espera?
Esperar para ver?
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