Aprende-se em toda a parte. Mesmo numa fila de caixa do Pingo Doce...
Ouvi ontem esta conversa entre dois jovens que estavam exactamente atrás de mim, perto da hora de jantar:
(ele) Já sabes onde vais jantar?
(ela) Ainda não pensei...
(ele) Queres jantar lá em casa? Eu telefono à minha Mãe para comprar mais comida.
(ela) Se queres...
(ele) E nem vale a pena falar à minha Mãe. Ela compra sempre de mais. Ah! E outra coisa. Tenho aqui duas ou três coisas que te permitiam fazer umas massas.
(ela) Sim?
(ele) O meu Pai recebeu dois bilhetes para o Rock in Rio do banco dele e deu-mos. Valem 58 euros cada. Se quiseres tratar de vendê-los na net, fazes aí uns 100 euros, pelo menos. Tens é de ter cuidado na transacção. Vendes à cobrança.
(ela) Pois.
(ele) Então queres? Dou-tos logo.
(ela) Podias vendê-los tu, que sabes mais disso...
(ele) Queres ou não queres? Eu vendo, mas então fico eu com o dinheiro! Ou queres receber sem trabalhar?
(ela) Não sei. Vende tu.
(ele) Então? Não custa nada. Aprendes num instante.
(ela) É melhor não.
O pobre rapaz já nem revelou as outras coisas que tinha em mente...
Moral número 1:
Cá para mim ele era o alemão e ela a grega. Ele disposto a emprestar-lhe 116 euros se ela fôr capaz de fazer pelo menos 100 com eles...
Moral número 2:
Mas porque razão precisa ela de trabalhar? Não precisa dos 100 euros para nada... Vai jantar a casa dele e já está!
E uma confissão:
Eu também tinha direito a dois bilhetes gratuitos para o RiR, mas nem os levantei... É que a vida é muito mais que aquilo que estes bárbaros do Norte pensam!
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