quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A diferença, sente-se

Aqueles quase quatro anos que vivemos em Inglaterra proporcionaram-nos experiências únicas, umas grandes, outras insignificantes, mas sempre marcadas por aquele espírito Inglês que só quem lá viveu tempo suficiente consegue compreender.
Um belo domingo, finais de 1977, fui até à cabine telefónica telefonar para os meus Pais (era assim...), introduzi uma moeda de 10 p, marquei o número, alguém atendeu, a moeda entrou no depósito, e a chamada caiu! Bolas! Outra vez. Introduzi outra moeda, repeti tudo, e a chamada caiu novamente! Liguei para o operador. Sim, era um operador, verdadeiro, que falava conosco, e que ouviu a minha reclamação. Pediu desculpa pelo sucedido, perguntou-me se lhe poderia facultar o meu nome e morada, disse-lhe o número para que pretendia ligar, fez a ligação e falei, sem moedas, o tempo que quis. Por mim, não esperava mais nada.
E muito menos que, dois dias depois, na minha caixa do correio, estivesse uma carta da companhia dos telefones, com um pedido de desculpa e 20 p em selos do correio, o valor das duas moedas de 10 p que a máquina tinha engolido.
É a diferença.

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