Não consigo perceber o que se passa na cabeça destes seres que se apoderaram das nossas instituições e que nada fazem no sentido de mudar o nosso sistema político, para que possamos passar a escolher os melhores para o desempenho dos cargos de governo.
Será que estão convencidos que conseguem perpetuar o sistema existente, que não perceberam que estão possivelmente perante a última oportunidade para o mudar de uma forma elegante, que a alternativa não será esperar mais tempo mas pura e simplesmente chegar à mudança através da força, exercida de uma forma imprevisível, com consequências desagradáveis para alguns ou muitos?
E não seria tão fácil limpar o governo das figuras lamentáveis que por lá andam, mudar radicalmente a lei eleitoral para que os nossos representantes passem a ser eleitos nominalmente, um por um, sem a protecção de um partido, e deixar o presidente da República convocar eleições para um parlamento novo, em que cada um representa uma parte precisa da população, que se veria toda representada nesse parlamento?
Membros do parlamento capazes de olhar para os nossos problemas mais básicos, dos desempregados, dos reformados, do desnorte do nosso sistema de ensino, e de eleger um governo capaz de adoptar as medidas paradigmáticas capazes de transformar as mentalidades e de criar de imediato uma nova esperança para todos.
E uma justiça em que as pessoas acreditem, que não proteja os fortes.
Não estará tudo aí, ao virar da esquina?!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Onde está o meu deputado?
My MP, o meu membro do parlamento, tive um nos anos em que vivi em Inglaterra.
O sistema político inglês assenta em três pilares, o Monarca, a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns (o Parlamento).
Na Câmara dos Lordes sentam-se os Lordes Espirituais, e os Lordes Temporais, estes nomeados pelo Monarca, por proposta do primeiro-ministro. No total, os Lordes são actualmente 760. E até 2009 tiveram o poder judicial supremo.
Na Câmara dos Comuns sentam-se 650 membros do parlamento, eleitos individualmente, em 650 actos eleitorais distintos, nas 650 circunscrições eleitorais existentes, para um mandato máximo de 5 anos.
O Monarca convida o líder do partido mais votado a formar Governo, constituído obrigatoriamente por membros da Câmara dos Comuns (embora possa incluir membros da Câmara dos Lordes), isto é, políticos que tiveram obrigatoriamente de ganhar uma eleição nominal, na sua circunscrição eleitoral, e que têm de cuidar dos interesses dessa circunscrição se aspiram a vir a ser reeleitos.
Cabe ao primeiro ministro aconselhar o Monarca a ouvir o povo quando os 5 anos de mandato se aproximam do fim, ou antes, se achar que está a perder o apoio popular. Também pode, quando o parlamento muda de opinião, aconselhar o Monarca a convidar o líder da oposição a formar Governo.
E o parlamento muda muitas vezes de opinião, ou porque deputados mudaram de bancada, ou com as chamadas by-elections, eleições ocasionais de deputados, por falecimento, ou abandono do cargo de alguns. A eleição é sempre de um deputado, que nunca será substituído por alguém não eleito: não há listas!
É este pormenor que divide a Inglaterra de Bruxelas e do resto da Europa, que os Ingleses vêem cheios de gente não eleita a tomar decisões.
E é este sistema de representação que eu reclamo para Portugal.
Quam tem medo desta responsabilização pessoal de cada deputado?
O sistema político inglês assenta em três pilares, o Monarca, a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns (o Parlamento).
Na Câmara dos Lordes sentam-se os Lordes Espirituais, e os Lordes Temporais, estes nomeados pelo Monarca, por proposta do primeiro-ministro. No total, os Lordes são actualmente 760. E até 2009 tiveram o poder judicial supremo.
Na Câmara dos Comuns sentam-se 650 membros do parlamento, eleitos individualmente, em 650 actos eleitorais distintos, nas 650 circunscrições eleitorais existentes, para um mandato máximo de 5 anos.
O Monarca convida o líder do partido mais votado a formar Governo, constituído obrigatoriamente por membros da Câmara dos Comuns (embora possa incluir membros da Câmara dos Lordes), isto é, políticos que tiveram obrigatoriamente de ganhar uma eleição nominal, na sua circunscrição eleitoral, e que têm de cuidar dos interesses dessa circunscrição se aspiram a vir a ser reeleitos.
Cabe ao primeiro ministro aconselhar o Monarca a ouvir o povo quando os 5 anos de mandato se aproximam do fim, ou antes, se achar que está a perder o apoio popular. Também pode, quando o parlamento muda de opinião, aconselhar o Monarca a convidar o líder da oposição a formar Governo.
E o parlamento muda muitas vezes de opinião, ou porque deputados mudaram de bancada, ou com as chamadas by-elections, eleições ocasionais de deputados, por falecimento, ou abandono do cargo de alguns. A eleição é sempre de um deputado, que nunca será substituído por alguém não eleito: não há listas!
É este pormenor que divide a Inglaterra de Bruxelas e do resto da Europa, que os Ingleses vêem cheios de gente não eleita a tomar decisões.
E é este sistema de representação que eu reclamo para Portugal.
Quam tem medo desta responsabilização pessoal de cada deputado?
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
71:45 são 72 horas!!!
De acordo com o JN de ontem, segundo um "professor na Faculdade de Engenharia do Porto e docente das cadeiras de Estatística e Gestão da Manutenção, os dragões cumpriram a lei, mesmo que a diferença entre um encontro e o outro tenha sido de 71 horas e 45 minutos. "O tempo mede-se e não se conta", começa por dizer, ao JN, para abordar o que está escrito no artigo 13.1 do Regulamento da Taça da Liga: "Quem fez a lei definiu uma precisão à hora e não ao minuto. A partir do momento em que a precisão é a hora, 71 horas e 45 minutos são 72 horas".
Já tinha usado este argumento uma vez, em minha casa, num dia em que cheguei à 20:15 e tentei convencer a minha mulher que tinha chegado às 20, porque ela não tinha especificado os minutos. Mas não resultou. Aliás, ainda tentei usar o argumento do quarto de hora académico, mas também sem êxito. O ponteiro dos minutos não jogou a meu favor.
Mas também não sou professor de estatística. Navego noutras águas mais complexas.
Só mesmo na Liga é que poderá resultar. Já agora, podiam dar aos árbitros uns cronómetros só com o ponteiro das horas?
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