Será que um dia aprenderemos a depender apenas do nosso esforço, sem andar atrás de miragens, da Índia, de África, do Brasil, da Europa, do Euro, da reestruturação?
Será que um dia vamos tomar conta do nosso destino, pensar, encontrar um lugar, fazer?
Será que um dia vamos olhar a sério para nós próprios, para o mal que fazemos a nós próprios, na educação, no património, na justiça, na saúde?
Será que um dia nos livramos dos que se governam, dos que se especializaram em viver à custa dos nossos impostos, dos que singram impunemente, à nossa frente, sendo mais depressa aplaudidos que punidos?
Será que um dia vamos perceber que não há salvadores, não há receitas milagrosas, não há fórmulas para o crescimento económico?
Será que um dia vamos perceber que o mundo mudou, que a economia não é comandada pela produção, que estamos em pleno século XXI, numa sociedade global, cada vez com menos fronteiras, cada vez mais aberta?
Será que um dia nos libertaremos dos estigmas do passado, das contradições entre mais automação e mais emprego, da ideia de um Estado omnipresente e omnipotente?
Receio bem que não, que vamos continuar a preferir não mexer, não mudar, e esperar, que o pior não seja muito pior, sem tocar em nada de essencial, a começar pelo sistema político, por este exército de políticos incompetentes, que nada faz, que nada muda, que não sabe, que não sabe que não sabe.
E há tanto a fazer, há tanto que se pode fazer já, que é preciso fazer já, que não pode esperar nem mais um minuto!
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