A história, a nossa história, foi e é escrita pelos milhares de milhões de seres humanos que já viveram e vivem no planeta, uns 108 mil milhões segundo algumas estimativas. O que somos, o que fizemos, o que deixamos de fazer, depende das decisões que todos tomamos, de fazer, seguir, concordar, discordar, ignorar, contrariar ou mesmo esquecer. Não há forma de algum de nós alijar a sua responsabilidade neste todo!
Não há um maestro que tudo determine, o maestro somos nós, a nossa tábua de valores, o respeito pela vida, liberdade e bem estar de todos. A nossa força, a nossa garantia de sobrevivência, residem exactamente nesta complexidade, neste conjunto gigantesco de interdependências e de interacções, que nenhum individualmente será capaz de controlar de uma forma continuada. É o que nos ensina a história.
Entretanto, o mundo vai ficando cada vez mais pequeno, estamos a construir um novo espaço público, a Internet, hoje usada por mais de um terço de toda a humanidade, onde a distância não conta, onde a informação circula à velocidade da luz, onde nos relacionamos de um forma completamente nova.
Esta construção é contudo humana, produto da nossa mente, das nossas mentes, e não se impõe por si. Não somos escravos. Não queremos saber o programa que está dentro de cada um de nós. Queremos acreditar que haverá sempre uma ordem por decifrar.
("O caos é uma ordem por decifrar", in José Saramago, O Homem Duplicado)
sexta-feira, 25 de abril de 2014
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