Estou convencido que toda esta azáfama à volta da operação Marquês resulta directamente do fracasso das investigações do caso Freeport, já que o ónus de outro insucesso recaíria directamente sobre a equipa de procuradores e investigadores, onde há elementos comuns aos dois casos.
Mas não acredito que estes crimes, que envolvem trocas de informação, pagamentos, ocultação de provas, dissimulação de operações, redes de empresas, reais ou fictícias, offshores, gente especialista neste universo, profissional da realização de operações obscuras, no limite da legalidade, programas informáticos que geram automaticamente operações sobre operações, milhões de e-mails cuja leitura pelos investigadores do DCIAP é morosa e difícil, possam ser facilmente identificados e confirmados.
Aquela migração dos headquarters do grupo GES para um hotel do Estoril denotava o volume e a complexidade das operações que estes financeiros são capazes de originar.
No entanto, hoje, nas nossas principais universidades, e nomeadamente nas três clássicas, há know how que poderia contribuiria decisivamente para a desmontagens destas operações complexas.
O seu não envolvimento nestas investigações assusta-me.
Os maiores ignorantes são os que não sabem que não sabem, e esses, encontramo-los todos os dias e em toda a parte.
domingo, 19 de março de 2017
Não sabem que não sabem
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