sábado, 14 de janeiro de 2017

Jornalismo

Não sou jornalista, mas sou leitor compulsivo de jornais, desde O Primeiro de Janeiro, que comecei a ler com quatro anos de idade, pelas mãos da minha Avó paterna. Lia tudo, desde a necrologia até às cotações dos títulos de dívida pública.
Entretanto, o mundo mudou várias vezes, mas continuo a comprar e ler diariamente o Público, porque gosto de ler notícias tratadas por bons jornalistas, com os factos verificados, com os títulos adequados, sem confusão entre notícia e opinião.
Ultimamente, o Público tem vindo a resvalar para um jornalismo com agenda que me desagrada, e tenho-o comentado regularmente. Gosto de ler opiniões, valorizo opiniões, independentemente de concordar com elas, mas não gosto nada de ser enganado, seja por notícias não verificadas, seja por plágio de outras notícias, seja por opiniões disfarçadas de notícias.
Dezanove anos depois, os jornalistas estão reunidos em congresso. Pouco noticiado, diga-se de passagem. Fico com a ideia de que estão a descobrir que o mundo mudou.
Claro que o mundo mudou, e toda a gente o sabe. A Internet mudou tudo, desde os taxis aos alojamentos, desde a compra de livros à formação de opinião, pondo em causa modelos de negócio baseados na intermediação, e estimulando o aparecimento de novos produtos e modelos de negócio.
Entretanto, os meios de comunicação social, que vivem muito da publicidade, deixaram a Google e o Facebook absorver grande parte dessas receitas, praticamente sem contrapartidas, e ainda não conseguiram desenhar esses novos produtos que permitirão aos melhores sobreviver.
Acho que vamos continuar à espera...

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